sábado, 1 de dezembro de 2018

Relembrando o que foi o movimento do Eletrofunk Paranaense de Mc Mayara, Edy Lemond e outros

Eletrofunk Brasil: O Som do Milênio. Com esta chamada, começava todo e qualquer clipe da coletiva Curitibana centrada ao redor do empresário e produtor Alexandre Alves. Com um passado trabalhando como repassador de shows internacionais para atos como Bezerra da Silva e Grupo Revelação, além de envolvido na produção do Baú do Raul de 2004, Alexandre descobriu um grande amor pelo Funk Melody (Subgênero do Miami Bass que é considerado o grande responsável pelo surgimento do Funk no Brasil) nos anos 90.
Alexandre Alves com as Mc's Mayara
(grávida de sua filha Manu), DZ e Mercenária.
No começo dos anos 2000, Alexandre se muda para o paraná e se depara com as primeiras manifestações do que seria o Eletrofunk. Com o passar da década, a cena eletrônica que já estava em alta no sul do país começa a disputar espaço com a crescente popularidade do funk carioca e, eventualmente, do funk ostentação paulista. Alves conhece o produtor Shayder, que mescla o funk à batida eletrônica. Juntos, estes produziriam grandes hits do gênero, que teve sua alta de 2012 até o fim de 2015. O grande diferencial do Eletrofunk, além da estética sonora, vinha não só de sua cultura de rolês com som automotivo herdada da eletrônica, como da intenção de escrever letras menos explicitas e mais descontraídas, ainda que recheadas de ambiguidade.
Vale ressaltar que a dupla Alexandre e Shayder não inventou o Eletrofunk (este título talvez seja melhor atribuído ao Dj Cléber Mix);o que Alexandre e Shayder fizeram, definitivamente, foi polir e popularizar muito o novo gênero, a ponto de artistas de fora do eixo Sul, como a carioca Deisi dos Santos, ou DZ Mc's, demonstrarem interesse e pularem de cabeça no movimento. Surge o primeiro sucesso: Não Dá Mais, da própria DZ, versão abrasileirada de Stereo Love de Edward Maya. Aparecem então uma nova onda de artistas curitibanos. Uma jovem Mayara Juliana de Souza, de 17 anos, descobre o eletrofunk por meio dos sucessos regionais da DZ produzidos pela dupla Shayder e Alves que a este ponto já estouram nas baladas curitibanas. A aspirante consegue o contato de Alexandre e vira artista, estreando como Mc Mayara uma sequência de videoclipes de sucesso. Desta safra surgiram Aquecimento da MayaraMinha Primeira Vez, Ela é Bandida (melhor conhecida como "Ai como eu tô bandida"), que já estabeleceram a jovem de Colombo, PR como a figura principal do Eletrofunk. No ano seguinte, viria a icônica Teoria da Branca de Neve, maior sucesso de Mayara e talvez o maior sucesso que o gênero já alcançou.
Mc Siri dançando com um avestruz no 
clipe de Vai, Siri
Em 2012, também despontariam duas figuras masculinas importantíssimas para compreender o Eletrofunk: os Mc's Siri e Edy Lemond.
Mc Siri com sua super-roupa no clipe
de Quero Você
Edy dispensa apresentações. Foi por meio de sua faixa Pensando em Você de 2012 que eu e muitos outros ratos da internet brasileira descobrimos não só o artista como todo o movimento do Eletrofunk. Madagascar, de 2014, é até hoje seu maior sucesso, com uma coreografia mais sabida que a letra de Evidências no cérebro do universitário brasileiro. Já o Mc Siri, além de sósia do Snoop Dogg, é na minha opinião a figura mais injustiçada dessa história toda, sendo o artista mais engraçado da coletiva e o autor do meu eletrofunk preferido, a brilhante Litorando. Foi ao pesquisar sobre Mc Siri e Edy que percebi que algo não estava certo no mundo do canal Eletrofunk Brasil. O que já tinha sido um quarteto fantástico de DZ, Mayara, Siri e Edy foi descontinuado, com uma série de clipes apagados do canal. Em seu documentário Na Batida do Eletrofunk, de 2015, Alexandre Alves não chega nem a mencionar o nome de seus outrora colegas de trabalho, muito menos do já citado Dj Cléber Mix, grande responsável pela criação e disseminação da estética do Eletrofunk. Em uma entrevista, Mc Siri menciona problemas com um "antigo empresário", este sendo Alexandre, que hoje dificultam o contato de Siri e Edy com Mayara e DZ. Hoje, se visitarmos a página ou o canal oficiais do Eletrofunk Brasil, somos expostos a novos artistas na ribalta, como a dupla (brutalmente tatuada, por algum motivo) Guino e Stif e a rapper e cantora Thiala Arlequina (possivelmente a única representante dos Juggalos no Brasil), mas ninguém fora do sul ainda está acompanhando a evolução do gênero.
Pouco se sabe do que aconteceu para esta equipe vencedora se desbandar, mas valeu para registrar para o Brasil não só o gênero do Eletrofunk, mas também toda a cultura do chamado som automotivo ao seu redor. Cultura esta que, com um pé no caipira e sertanejo, com outro no funk e com a cabeça na música eletrônica, foi a grande responsável por DZ, Siri, Edy e Mayara. Para finalizar, vale assistir o reupload do Especial de Natal, gravado pelo quarteto em 2012, que consegue ser fofo, ridículo e religioso tudo de uma vez.
Só o Paraná pra inventar um negócio desses.
O "Quarteto Lendário": Siri, Mayara, Edy e DZ
O produtor Shayder D'One,
principal produtor da Mc Mayara
Dj Cleber Mix, tido como o inventor do Eletrofunk

quarta-feira, 15 de junho de 2016

História dos Memes no Brasil (inacabado)

    A história dos Memes no Brasil

por Emanuel Souza


2008 - 2012: (era de ouro das) RAGE COMICS:



Surgem as “Rage Comics” no Reddit, que rapidamente são trazidas ao Brasil. Os famosos troll faces, ffuuuus, derps e derpinas foram responsáveis por uma revolução no humor em quadrinhos, pois dispensavam um traço diferenciado ou qualquer traço de autoria por parte dos infinitos autores de tais tiras. Agora, qualquer um poderia fazer a tira que quisesse usando estas ferramentas. A Rage Comic foi, essencialmente, o maior trabalho artístico-humorístico colaborativo que o mundo já havia testemunhado até então. É importante ressaltar que, na época, o termo "Rage Comic" nunca chegou a se popularizar no Brasil, então quando se pensava meme, se pensava nessas carinhas (Cauê Moura que o diga). 
Sites responsáveis por sua popularização em solo brasileiro foram inúmeros, em destaque: 

exemplos de tirinha "rage" brasileira

fim de 2012 + 2013: “MENES” E O MOVIMENTO CONTRA-MEMISTA

O termo “Mene” surgiu oficialmente com a ascenção do Site dos Menes, ou apenas "Saite", página do Facebook criada em Agosto de 2012. Um "mene", em seu conceito original, é uma paródia mais “inteligente” do meme. O aclamado “Saite” pegaria a imagem de algum animal, objeto ou pessoa e transformaria ele em um mene por aplicá-lo alguma característica peculiar que causasse surpresa. Muitas vezes, tais características tinham a ver com acontecimentos nacionais, contra-esteriótipos ou piadas populares da época. A página de notícias irônicas Sensacionalista tem sua proposta claramente inspirada pela ironia do Site dos Menes.

"NOVO MENE: O JOGADOR GUERREIRO, PRAIEIRO E CONCURSEIRO" (exemplo de Mene do "Saite")

Este período é marcado por um sentimento de vergonha própria por parte dos ex-consumidores das rage comics, as quais ainda ocorriam simultaneamente à esta contra-vanguarda, que, no pretexto de se disassociar com tal conteúdo (a este ponto do campeonato considerado humor simples e raso), se voltavam a estas páginas para achar comforto. Nem sempre os produtores adotariam o uso do nome "Mene": seguindo a ideia de parodiar até o nome "Meme", surgem os "Frenes" O humor aqui deixa de ser tão colaborativo: ainda que as ideias viessem de todo o Brasil, quem montava os menes em si eram sempre admins (administradores) seletos das páginas. Isto des-universalizou o controle popular, e desacelerou a produção em massa vista com as Rage Comics.
A produção começou a atuar mais fortemente em redes sociais como Facebook, Twitter e até Youtube, e se desvinculou de blogs e websites. 
Páginas de destaque:
Canal ShadowXWorks (youtube pooper que foi menista)

MENES SUECOS: focam mais em parodiar a estrutura de tirinha do que os memes em individual. Perceba o último quadro com um "mene" isolado sem falas e com uma descrição: formato clássico de Rage Comic.
exemplos de "Frene". Não é sua meta parodiar o Rage;
o Frene se opõe à este sendo simplista, sem nexo e mais universal e atemporal. A página How To Learne English é uma descendente direta dos Frenes que traduziam falas populares de português para inglês.

2014: (começa a) FASE INDUSTRIALISTA

"a mesma foto do faustão sombrio todo dia"
Nesta fase pós-Site dos menes aparecendo na Mundo Estranho, distancia-se do uso de um termo para definir a produção cômica visual da Internet. Este período é marcado pelo surgimento de páginas com piadas únicas, porém fixas, ou Páginas “uni-piadais”, isto é, em vez de se preocupar com a criação de conteúdo variado para sua página, criam-se páginas variadas para cada conteúdo, e posta-se tal conteúdo com uma repetição semelhante àquela cena famosa de "O Iluminado", no ritmo de uma fábrica Pré-Revolução Industrial. É daqui que saem páginas como “a mesma foto do faustão sombrio todo dia”, “a mesma foto do a mesma foto do faustão sombrio todo dia tododia” (sim, são duas páginas diferentes), “a mesma foto do galo cego todo dia com cosplays diferentes”, “Aaaaaaaaaaaaaa”, entre outras.
foto da page "a mesma foto do a mesma foto do faustão sombrio todo dia todo dia"
Aaaaaaaaaaaaaa  sentindo-se gritando.
18 h
AaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAA

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exemplo de post da página Aaaaaaaaaaaaaa.


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exemplo de post da gringa "H memes", mostrando que o industrialismo também ocorreu mundo afora.

terça-feira, 26 de maio de 2015

Análise: Mc Bin Laden e o Funk Teatral /Neoproibidão


Jefferson Cristian dos Santos de Lima, ex-Mc Jeeh JK, hoje Mc Bin Laden é um dos fenômenos mais proeminentes do movimento paulista de Funk atual. Com seu cabelo pintado de branco e preto, seu aparelho azul-berrante e sombrancelhas picadas, o Mc se destaca por liderar uma vertente do funk que não faz parte diretamente do fortíssimo movimento do funk ostentação que está dominando o mercado da música brasileira em níveis nacional e internacional. 
Bin Laden, no lugar, vanguardeia o movimento do funk "ousadia" juntamente ao seu bonde e artistas/colegas da KL Produtora (Mcs Brinquedo, Pikachu, 2K, entre MUITOS outros) e de outras gravadoras como a GR6 de Mc Livinho e Mc Pedrinho. Apesar de carregar este rótulo de "funk ousadia" consigo, a música de Bin Laden pessoalmente não apresenta em foco os temas tradicionais de erotismo humorístico do ousadia, e ela seria melhor definida como um revival que reinventa o Funk Carioca "Proibidão" de Tati Quebra Barraco e Mc Tigrão do fim dos anos 90 e começo dos anos 2000. Um "Neoproibidão", se me permitem. Bin Laden é um dos poucos funkeiros que ainda utiliza os samples de bateria que utilizavam os artistas deste comercialmente falecido movimento, ou seja, prioriza baterias eletrônicas 808 ou "tuns" e "pás" sampleados separadamente do que a agora popular linha do "tchu-tchá-tchá-tchu-tchu-tchá" utilizada com mais força no funk ostentação. A produção não é exatamente revolucionária ou impressionante, mas sinto muito mais personalidade no som dos instrumentais dele do que num simples tchu-tchá e um sample totalmente aleatório (modelo seguido pelos contemporâneos do funk ostentação). A produção é extremamente variada para os estandartes do funk, inclusive incorporando bases rítmicas diferentes em músicas como "Os Terroristas" e "12 Calibre". Tudo isso coberto pelo flow, obviamente inspirado pelo proibidão, de Bin Laden, com palavras longas e faladas de maneira didática, para serem cantadas por um coro de jovens enlouquecidos (um flow que Drake totalmente roubou do Brasil e utilizou em músicas como "6 God", de sua nova mixtape, só falando).
O que difere Mc Bin Laden do movimento que o inspirou, além do conteúdo lírico, que fala de assuntos modernos, é a ideologia por trás da música do jovem. Citando o artista em sua entrevista à Noisey, "eu falei (à produtora) que não queria cantar apologia, queria cantar proibidão, um negócio teatral. Que fosse o Bin Laden, mas com seus bonecos no palco, tendo uma história. O show mesmo é entretenimento." Seu nome artístico polêmico, o fato que suas tietes são chamadas de "Iraquianas", e seu show, "Baile do Afeganistão", tudo isso tem uma razão mais profunda que os ouvintes mais casuais desconhecem. Tudo é uma grande peça de teatro montada pela mente do Mc que, involuntariamente, encobre o verdadeiro significado da música de Bin Laden: retratar os momentos muito presentes na adolescência e juventude de um jovem da periferia hoje. Bin Laden tem origens muito simples, e ao perceber o quão utópicas eram as letras do funk ostentação, optou por fazer músicas com as quais a juventude periférica consiga se relacionar sem ter de enriquecer e gastar tudo o que tem em festas. Sinceramente, qual outro Mc dedicou músicas à lança, uma das drogas que mais se populariza nos grupos jovens desta década, antes, ou até mesmo além de Bin Laden? Se não há um contexto de quem o Mc é previamente, seus ouvintes determinam três coisas: Esse moleque fuma e lança o dia inteiro, paga de durão e ainda consegue se transformar numa piada ambulante no processo. Como a infame linha de ônibus de Campinas, temos aqui três mentiras: o jovem Jefferson não fuma nem lança, é um evangélico devoto frequentador de Igreja a três anos, que diz ter sido a melhor coisa que aconteceu em toda sua vida, e sabe muito bem que cada uma de suas sombrancelhas está divida em uns 6 pedaços e que ele está de meia preta na canela esquerda e branca na direita. O Mc é uma performance artística, que não teme ter uma imagem chamativa, pois sabe que é único no que faz e no que é.
"Laden" diz fazer música inspirado "na brisa dos outros", por mais que metade de suas composições, a parte mais divertida e brincalhona, sejam de alguma maneira relacionadas à maconha ou à lança. A outra metade trata mais do personagem "Bin Laden", e são claramente mais sombrias. Tem um flow mais acelerado, beirando ao rap e, em minha opinião, é nesta fileira que se encontram as músicas mais interessantes de Bin Laden. São as produções mais sombrias e positivamente minimalistas, com um liriscismo seminarrativo inspirado pelos Racionais Mcs (Jefferson diz ser fã do grupo) que prende a atenção dos ouvintes, ainda mais por serem cantadas pela voz de ronco de mitsubishi do Mc.
Músicas de destaque no público em sua discografia são O Passinho do Faraó, Bololo Haha  Lança de Coco, e a melhor parte destes hits é que um não tem absolutamente nada a ver com um outro. Todos tem produções carismáticas, divertidas e diferentes, e cada uma trata de um assunto, seja este um besteirol sobre uma droga recreativa (lança de coco), seja sobre os moleques zika de ak-47 na mão em cima das motos CB-1000 (Bololo haha), seja sobre pura zueira (passinho do faraó); Isso é uma característica constante no acervo de Bin Laden. Também vemos muita criatividade fonética, como no Ad-libitum utilizado em diversas músicas com "bololo" no nome ( Bololo Haha, Bololo, Bololo Chamado no Grau) (me refiro ao infame BOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLOLO que simula o ronco da moto quando acelerada, que tipo, todo mundo acima dos 11 e abaixo dos 20 anos conhece).
Bin Laden e seu bonde são um movimento divertido, artístico, essencial e, mais importante, zica pra caralho dentro do movimento funk. Tudo que precisávamos pro gênero progredir agora que estamos na metade da década de 2010.







RECOMENDAÇÕES (PESSOAIS) DO CATÁLOGO DO ARTISTA:

Bin Laden Não Morreu: Com um instrumental de dar medo, é um dos primeiros hits menores do
Mc. Ela é definitivamente minha favorita, e é a definição sonora de "Sinistrão".
Lança de Menta: A irmã menos conhecida de Tchuplin Tchuplin e Lança de Coco, é minha preferida das que tem como tema a lança. Tem uma ponte ("titio, chama a vovó...") que me lembra a de Quem Caguetou? de Black Alien e Speedfreaks, e um refrão ("toma lança de menta, fica em câmera lenta") que me remete ao estilo do Rae Sremmurd. É meio curta, mas é uma música criativa.
Bala de Ak: Deixo em segundo plano a letra da música, na qual Bin Laden diz ter aprendido o beabá pelos barulhos de uma Ak-47 ("Bê á Éle á, Ratatatatatatá"), mas o beat é fenomenal. Foi sampleado o barulho de uma arma recarregando e este foi repetido e ritmizado para fazer o ritmo do funk. É dificil explicar, apenas ouça-a e tire suas conclusões.
Os Terroristas (com Kadaff): A música, uma colaboração com o Angolano Kadaff, é uma espécie de afrobeat onde Bin Laden opta por fazer um rap em vez de cantar funk. Bin Laden não decepciona no Rap, e é uma música de nível simbólico alto, por ser uma das poucas colaborações musicais urbanas intra-ex-colônias portuguesas de que se tem notícia.